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"Covardes, traidores e pseudopatriotas não vão calar o STF", afirma Moraes em discurso duro
Por Moisés Moura
Publicado em 01/08/2025 17:22
BRASÍLIA

Durante a abertura do segundo semestre do Judiciário, nesta sexta-feira (1º), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmou que a Corte não irá se "vergar a ameaças covardes e infrutíferas" e que seguirá firme no julgamento dos processos ligados à tentativa de golpe de 8 de janeiro.

Moraes criticou duramente o que chamou de organização criminosa que tenta submeter o STF à influência de interesses externos e obstruir a Justiça para proteger pessoas que se "acham acima da Constituição".

“Acham que estão lidando com milicianos. Mas estão falando com ministros da Suprema Corte brasileira”, afirmou. Ele também destacou que o rito processual do STF continuará normalmente, sem atrasos ou antecipações, independentemente das pressões recebidas.

Sem citar diretamente os Estados Unidos, o ministro fez referência a ações de brasileiros no exterior, que, segundo ele, buscam pressionar instituições brasileiras por meio de articulações externas. “São pseudopatriotas que não tiveram coragem de permanecer no país”, declarou, apontando que há tentativas de afastar ministros com base em chantagens políticas e projetos de anistia que classificou como inconstitucionais.

Moraes também denunciou o “modus operandi” de desestabilização institucional: incentivar crises econômicas para gerar instabilidade social e abrir caminho para novos ataques golpistas.

 

Segundo o ministro, o STF, a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal permanecerão firmes em suas funções constitucionais, sem ceder a pressões políticas ou externas. “A soberania nacional não será negociada ou extorquida”, concluiu.

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