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Tarcísio de Freitas Reavalia Uso de Câmeras em Fardas da PM Após Casos de Violência
SÃO PAULO
Publicado em 06/12/2024

 

Após uma série de episódios envolvendo violência policial, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou que mudou sua postura em relação ao uso de câmeras corporais nos uniformes dos policiais militares. “Tinha uma visão equivocada”, admitiu nesta quinta-feira (5), destacando que agora está "completamente convencido" da eficácia do equipamento como ferramenta de proteção tanto para a sociedade quanto para os agentes de segurança.

Tarcísio afirmou que não apenas manterá o programa de câmeras corporais, mas também o expandirá. Atualmente, os policiais de São Paulo utilizam equipamentos que gravam automaticamente, mas a partir de 17 de dezembro está prevista a introdução de um novo modelo, com gravações acionadas manualmente ou remotamente. Segundo o governador, a implementação ocorrerá somente após testes rigorosos das funcionalidades para garantir a eficácia do sistema.

Essa mudança de posicionamento contrasta com as declarações feitas por Tarcísio durante sua campanha em 2022 e no início de seu mandato. À época, ele criticou o uso das câmeras, afirmando que não traziam segurança efetiva à população e que sua gestão não investiria em novos equipamentos.

 

“Se o policial esquecer de acionar a câmera, haverá o acionamento remoto. Vamos testar todas as funcionalidades para garantir que o equipamento atenda à sua finalidade”, destacou o governador. Ele também informou que o contrato dos equipamentos atuais será prorrogado até que os novos modelos estejam prontos para uso.

Apesar das críticas à segurança pública, Tarcísio reiterou sua confiança no atual secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, e na Polícia Militar, descartando mudanças no comando. Ele reconheceu, entretanto, que "algo não está funcionando" e que é preciso "ter humildade" para corrigir o que for necessário.

Essa mudança ocorre em meio a pressões por respostas à crise de segurança pública e um debate acirrado sobre a atuação policial no estado.

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