Offline
Possível greve de caminhoneiros divide categoria após operação contra Bolsonaro
Por Moisés Moura
Publicado em 22/07/2025 14:20
BRASIL

Uma possível paralisação nacional dos caminhoneiros voltou ao centro das discussões após a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, realizada na última sexta-feira (18). Segundo lideranças do setor, a ação foi considerada a "gota d'água" em meio a uma série de insatisfações da categoria.

O deputado federal Zé Trovão (PL-SC), conhecido por seu apoio aos caminhoneiros, afirmou em suas redes sociais no domingo (20) que vem sendo cobrado por integrantes do setor para articular uma greve. “Irei me reunir com os pontas de lança nesta segunda-feira em Brasília. Se todos entenderem que é o momento de uma paralisação, eu estarei na pista junto com eles”, declarou.

A reunião contará com líderes dos caminhoneiros, parlamentares da direita e representantes do agronegócio, e deve definir os próximos passos do movimento.

Apesar do clima de mobilização, a possível greve divide opiniões entre as lideranças. O presidente da Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos do Porto de Santos (CCAPS) afirmou que os trabalhadores autônomos não pretendem aderir à paralisação. “Não vamos parar nada, a não ser que não se cumpra com o que o governo prometeu em outubro de 2024.”

Já o presidente da Associação Catarinense dos Transportadores Rodoviários de Cargas (ACTRC) acredita que, caso a decisão pela greve se concretize, grande parte da categoria deve participar. “Se o povo decidir que esse é o caminho, estaremos com o povo ou seremos parados por uma guerra ideológica”, disse.

A possível paralisação ainda não tem data marcada, mas o tema promete agitar os bastidores políticos e econômicos nos próximos dias.

Comentários
Comentário enviado com sucesso!