Botucatu, 11 de julho de 2025 – Servidores públicos da saúde, representados pelo SindSaúde-SP, anunciaram uma paralisação de 48 horas a partir das 7h da próxima quarta-feira (16), em todo o estado de São Paulo. A decisão foi aprovada em assembleia no dia 27 de junho, após a categoria relatar insatisfação com o governo estadual diante da falta de pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e das condições de trabalho consideradas precárias.

De acordo com o sindicato, o governo estadual está há cinco meses sem realizar os depósitos do FGTS dos trabalhadores da saúde, o que é considerado uma violação de direitos trabalhistas. Além disso, os servidores reclamam do valor do vale-alimentação, que estaria congelado em R$12 por dia, e de uma proposta de reajuste salarial de 5%, percentual que, segundo a categoria, não cobre as perdas inflacionárias.

A situação no Hospital das Clínicas de Botucatu é citada como exemplo da crise. Profissionais da unidade estariam vendendo rifas para complementar a renda e há denúncias de colegas afastados por motivos de saúde que não estariam recebendo os benefícios do INSS. A categoria também critica o avanço das terceirizações, que segundo o sindicato, estariam afetando a qualidade dos atendimentos.

A greve está prevista para os dias 16 e 17 de julho (quarta e quinta-feira), com a principal concentração marcada para a portaria do Hospital das Clínicas de Botucatu, a partir das 7h do primeiro dia. O SindSaúde-SP afirma que continuará buscando visibilidade para as reivindicações e cobra o cumprimento imediato das obrigações trabalhistas por parte do governo estadual.

O governo de São Paulo ainda não se manifestou sobre as denúncias ou sobre a paralisação anunciada.