Botucatu, 20 de maio de 2025 – A Prefeitura de Botucatu está no centro de uma grave denúncia de plágio envolvendo a nova identidade visual do governo municipal. A informação foi revelada com exclusividade pela TV Alpha, por meio de uma reportagem do jornalista Fernando Bruder, que expôs o caso nesta terça-feira (20) após o lançamento da nova logomarca da gestão do prefeito Fábio Leite (2025-2028).
A Secretaria de Comunicação divulgou com entusiasmo a nova marca institucional, que, segundo o material oficial, representaria “modernidade, dinamismo, leveza e o progresso contínuo” da cidade. O release explicava que o desenho era inspirado no brasão do município, com justificativas técnicas relacionadas às cores, acessibilidade e contrastes visuais.
No entanto, horas após a divulgação, surgiram denúncias apontando que o logotipo seria, na verdade, uma cópia da identidade visual utilizada pela Prefeitura de Igreja Nova, no estado de Alagoas. O caso, classificado como plágio — ou seja, o ato de copiar total ou parcialmente uma criação original sem autorização, atribuindo-a como própria — gerou indignação entre profissionais de design e comunicação da própria cidade.
A TV Alpha entrou em contato com o designer Eduardo Costa, da agência "Eduardo E Costa – Design", criador da marca de Igreja Nova. Embora tenha evitado comentar diretamente o caso, o designer confirmou que seu cliente já foi notificado e acompanha a situação.
Em vídeo publicado nas redes sociais da emissora, o jornalista Fernando Bruder destacou que a Prefeitura de Botucatu não se retratou até o momento e sequer respondeu aos diversos questionamentos enviados pela reportagem. Além disso, ressaltou que não houve nenhuma nota oficial da Secretaria de Comunicação, comandada por Cinthia Al Lage, sobre a acusação de plágio.
Outro ponto que chamou a atenção é o custo dessa operação de imagem: segundo informações apuradas por Fernando Bruder, a Prefeitura de Botucatu gasta, em média, R$ 1,5 milhão com contratos de publicidade e agências de comunicação. Um valor significativo, especialmente quando se considera a possibilidade de uso indevido de uma marca já existente.
O caso tem repercutido fortemente nas redes sociais e já causa desgaste à atual gestão, cujo slogan é “Pra Frente, Pra Todos!”. Moradores questionam a credibilidade da nova identidade visual e cobram transparência sobre a origem da marca.
Até o momento, a Prefeitura de Igreja Nova também não se manifestou oficialmente, mas o constrangimento está lançado. Como apontou um dos comentários nas redes sociais: “Quem vai pagar esse mico?”