Neste domingo, 20 de abril de 2025, completam-se exatamente 143 dias do desaparecimento de Raiane Prado. Apesar das autoridades já considerarem o caso como homicídio — após depoimentos reveladores de um dos três suspeitos presos —, o local onde o corpo da jovem teria sido ocultado ainda é um mistério.

Desde o início das investigações, o caso tem chocado e comovido os moradores de Pratânia e São Manuel. De acordo com a Polícia Civil, Raiane teria sido assassinada por estar grávida, informação que veio à tona durante os depoimentos dos investigados.

A última grande operação aconteceu na tarde da sexta-feira, 11 de abril. A força-tarefa envolveu dois delegados, cinco policiais civis, doze guardas civis municipais de São Manuel com duas viaturas, além de reforço da Guarda Municipal de Capivari, que enviou seis agentes e um cão farejador especializado em localização de cadáveres. A operação também contou com o apoio da Prefeitura Municipal.

A ação foi realizada com base em novos depoimentos e na colaboração de um dos suspeitos presos, que teria indicado que o corpo de Raiane poderia estar enterrado nos fundos de uma residência. O cão farejador chegou a sinalizar um possível ponto de interesse, porém, após escavações, nada foi encontrado.

Fotos exclusivas feitas pelo produtor da reportagem revelaram os bastidores da intensa movimentação policial. No entanto, mesmo com todo o esforço, o corpo de Raiane continua desaparecido, e a principal pergunta da família permanece sem resposta: onde está o corpo de Raiane Prado?

Segundo informações obtidas pela reportagem, ao menos quatro residências estavam na mira das autoridades, localizadas nos bairros Vila São Geraldo e Santa Mônica. Não há confirmação oficial se todas essas casas foram efetivamente periciadas. A jovem morava em Pratânia, mas visitava frequentemente São Manuel, o que ampliou ainda mais o raio de buscas.

Em outra frente de investigação, conduzida pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), uma peça de roupa com manchas suspeitas foi encontrada. Segundo a família, trata-se de uma vestimenta que seria usada por um dos suspeitos, visto com Raiane dias antes de seu desaparecimento. A peça foi enviada para análise da perícia técnica e o laudo, que poderá confirmar se as manchas são de sangue, deve sair em até 30 dias.

A Polícia Civil também utilizou reagente luminol em uma nova residência para detectar vestígios biológicos. Até o momento, o resultado dessa ação não foi divulgado.

Ao todo, são mais de 3.400 horas de incerteza, sofrimento e busca por respostas. A família de Raiane vive em constante angústia. A mãe, profundamente abalada, precisa de medicação contínua para lidar com a dor. Além disso, há um filho pequeno que a jovem deixou, e a família tenta, com muito esforço, poupá-lo da dura realidade.

A comoção gerada pelo caso de Raiane Prado não se restringe à sua família: toda a comunidade clama por justiça. A pergunta que ecoa em cada canto de Pratânia e São Manuel segue sem resposta: onde está Raiane?