O número de denúncias contra um médico psiquiatra de Marília (SP), que também atendia no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Garça (SP), chegou a 13, incluindo casos de importunação sexual e uma acusação de estupro.
Na sexta-feira (17), uma jovem de 24 anos registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Garça. Ela relatou que foi atendida pelo profissional no CAPS em 2018, quando tinha 17 anos. Segundo a delegada Renata Yumi Ono, a vítima não denunciou o caso na época por não compreender a gravidade da situação, mas decidiu procurar a polícia após saber de outras denúncias. O registro foi feito como importunação sexual.
De acordo com o relato, em uma consulta sem a presença da mãe, o médico teria feito perguntas de cunho íntimo e, ao final do atendimento, acompanhado a jovem até a porta e tocado de forma inapropriada. A vítima contou à delegada que continuou as consultas apenas por necessidade da medicação, evitando contato físico.
No mesmo dia, outra paciente, de 41 anos, também registrou boletim de ocorrência em Garça. Ela relatou que, durante uma consulta no final de 2024, o psiquiatra teria feito comentários sobre sua aparência e tentado contato físico sem consentimento. A vítima disse que passou a ter crises emocionais e aumentou o uso de medicação após o episódio.
A delegada da DDM de Garça afirmou que o médico ainda será notificado para prestar esclarecimentos e que haverá colaboração com a DDM de Marília para investigação dos casos.
A Prefeitura de Garça informou que solicitou o afastamento do profissional assim que as denúncias vieram à tona e que o departamento jurídico da associação que o contratava determinou a rescisão do contrato.
Em Marília, outras três vítimas registraram boletins de ocorrência, elevando o total para 11. A defesa do médico informou que ele nega as acusações e aguarda o andamento das investigações.
Foto: TV TEM/ Reprodução