A Secretaria da Saúde de São Paulo confirmou neste sábado (4) a segunda morte por intoxicação com metanol no estado. A vítima é Marcos Antônio Jorge Júnior, de 46 anos. Com isso, São Paulo já soma dois óbitos confirmados pela substância, segundo informações divulgadas pelo governo estadual.
Mais cedo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, havia informado que o país registrava uma morte confirmada e anunciou a compra de antídotos para auxiliar no tratamento de pessoas que ingeriram o produto químico.
De acordo com a investigação, Marcos Antônio havia consumido bebida alcoólica e estava internado. A Polícia Civil apura se o produto era falsificado, adulterado ou se o metanol foi utilizado na limpeza das garrafas, uma das linhas de investigação.
A primeira vítima confirmada foi o empresário Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, que morreu em 16 de setembro, também na capital paulista.
Casos em São Paulo
A Secretaria da Saúde informou que há 162 registros de suspeita de intoxicação por metanol no estado:
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14 casos confirmados, incluindo os dois óbitos;
 
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148 casos em investigação, com sete mortes suspeitas — quatro na capital, duas em São Bernardo do Campo e uma em Cajuru.
 
O metanol é um álcool usado em solventes e produtos industriais. Quando ingerido, é altamente tóxico e pode causar cegueira, coma e morte. A substância afeta o fígado, o cérebro e o nervo óptico, além de poder provocar insuficiência pulmonar e renal.
Outras ocorrências no país
Segundo o Ministério da Saúde, há registros de casos suspeitos também em outros estados: Pernambuco (7), Mato Grosso do Sul (4), Bahia (2), Goiás (2), Pará (2), além de Distrito Federal, Rondônia, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo e Piauí, com um caso cada.
Caso na Zona Sul de SP
Um dos casos que chamou atenção foi o de Rafael Anjos Martins, de 28 anos, que está em coma desde 1º de setembro após consumir gin supostamente adulterado comprado em uma adega na região da Cidade Dutra, Zona Sul da capital.
Segundo familiares, Rafael ingeriu a bebida com amigos e começou a passar mal poucas horas depois. Ele foi levado às pressas ao hospital, onde os médicos tentaram remover a toxina do sangue, mas o metanol já havia causado danos ao cérebro e ao nervo óptico. O jovem segue internado na UTI de um hospital em Osasco, respirando com ajuda de aparelhos.
 
 Com informações da Secretaria da Saúde de SP, Ministério da Saúde e g1.