Dois dias após o maior furto da história do Museu Padre Manoel da Nóbrega, em São Manuel, a Polícia Civil realizou diligências nesta terça-feira (27) na Vila São Geraldo na tentativa de recuperar as armas roubadas do acervo do museu.

De acordo com uma apuração exclusiva do jornalismo da TV São Manuel Conectado, os agentes adentraram uma residência suspeita, mas encontraram apenas uma pequena porção de droga, sem sinais de que as armas estivessem no local.

O furto, ocorrido na tarde de domingo (25), levou ao menos sete armas antigas, incluindo exemplares da época da Revolução e pistolas Beretta datadas de 1944 e 1945. Apesar de não possuírem valor comercial por não estarem em funcionamento, o impacto histórico é considerado irreparável.

Segundo o jornalismo da TV São Manuel Conectado, o museu não possui câmeras internas, contando apenas com um equipamento da Guarda Civil Municipal na parte externa. As imagens já estão sob análise da Polícia Civil, e câmeras de estabelecimentos vizinhos podem ajudar a identificar um homem que entrou no local como visitante, portando uma mochila.

A sala onde ficava o acervo de armas era de fácil acesso e os protocolos de segurança, que determinavam que os visitantes fossem acompanhados por funcionários, não eram rigorosamente cumpridos. As peças estavam protegidas apenas por pequenos cadeados, facilmente violáveis.

Na manhã de segunda-feira (26), uma reunião com o secretário de Segurança Municipal foi realizada para traçar estratégias de resposta ao crime. O secretário de Cultura, Bruno Dallacqua, informou que todas as medidas cabíveis foram adotadas para apoiar as autoridades e tentar recuperar o material furtado.

Em entrevista não gravada, a GCM reconheceu falhas na segurança e afirmou que o patrulhamento no entorno do museu foi redobrado. Especialistas alertam que a divulgação de que o museu possui armas em exposição pode tornar o local alvo recorrente de criminosos, e algumas cidades já optaram por reforçar a segurança ou desativar setores semelhantes.

O que ainda precisa ser esclarecido:

• Quem é o homem que aparece nas imagens e se ele agiu sozinho ou com apoio.

• Se ele ainda está em São Manuel.

• Para onde foram as armas, que podem interessar a colecionadores clandestinos.

• A necessidade urgente de rever protocolos de segurança, instalar câmeras internas e avaliar a retirada de peças de maior risco.