No dia 22 de maio de 2025, o Tribunal do Júri da Comarca de São Manuel proferiu sentença no caso do homicídio qualificado que vitimou A.C.M., ocorrido em 25 de outubro de 2001, por volta das 22h45, na Rua Coronel Simões, número 948. Os réus Maria Augusta Zillo Medolago e Luiz Carlos Bronzato foram condenados a penas de 27 anos e 21 anos e 4 meses de reclusão, respectivamente, em regime inicial fechado.

De acordo com o relatório do juiz Dr. Renato Zanco Bueno, os réus foram denunciados e processados como incursos no artigo 121, §2º, incisos I (mediante promessa de recompensa), III (emboscada) e IV (uso de fogo), combinado com o artigo 29, caput, todos do Código Penal. O magistrado destacou que os acusados agiram adredemente combinados, em concurso e com unidade de propósitos, com o objetivo de ceifar a vida da vítima de forma premeditada e cruel.

O Ministério Público, representado pela promotora Dra. Vivian Corrêa de Castro Pompermayer Ayres, apresentou provas consistentes de que a ré Maria Augusta arquitetou o plano para eliminar o então marido, contando com a participação ativa de Luiz Carlos Bronzato na execução do crime.

O júri popular decidiu pela absolvição dos outros três réus: João Francisco Filho, Claudeir Martins de Souza e Mauro Antônio Fortuna, que foram inocentados da acusação de homicídio qualificado.

A sentença negou aos réus condenados qualquer direito à substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos ou à progressão imediata de regime, enfatizando a gravidade do crime e os danos irreparáveis causados à família da vítima. O juiz destacou ainda a "severa desestruturação familiar" provocada pela perda de A.C.M., o que justificou as penas rigorosas impostas.

Advogados de defesa:

• João Francisco Filho: Dr. Régis Antonio Diniz

• Claudeir Martins de Souza: Dra. Eliane Aparecida Correr

• Mauro Antônio Fortuna: Dr. Paulo Roberto Franco

• Luiz Carlos Bronzato: Dr. Milton Nougueira Ribeiro Junior

• Maria Augusta Zillo Medolago: Dr. Pedro José Sanches de Souza e Dr. Ayrton Ferreira Gabira Junior