Um dia após ser alvo do maior furto de sua história, o Museu Padre Manoel da Nóbrega, em São Manuel, segue contabilizando os prejuízos e as falhas de segurança que permitiram a ação criminosa. Informações apuradas pela reportagem apontam que ao menos sete armas antigas foram levadas do acervo.
Segundo o jornalismo da TV São Manuel Conectado, o museu não possui câmeras internas. Apenas uma câmera da Guarda Civil Municipal, instalada na parte externa, pode contribuir para a investigação. A apuração confirma que a Polícia Civil já tem acesso às imagens, e câmeras de estabelecimentos vizinhos também poderão ajudar a identificar um homem que entrou no local como visitante, portando uma mochila.

A sala onde ficava o acervo de armas era de fácil acesso, e embora o protocolo de segurança determinasse que os visitantes fossem acompanhados por funcionários, isso não ocorria de forma rigorosa. As peças estavam protegidas apenas por pequenos cadeados, facilmente violáveis. O furto ocorreu na tarde de domingo (24), de maneira aparentemente tranquila.
Ainda não há levantamento oficial sobre quais armas foram levadas. Entre as peças expostas havia exemplares da época da Revolução e pistolas como berettas datadas de 1944 e 1945. Apesar de não terem valor comercial por não estarem em funcionamento, o impacto histórico é considerado irreparável.

Na manhã desta segunda-feira (25), uma reunião com o secretário de Segurança Municipal foi realizada para traçar estratégias de resposta ao crime. O secretário de Cultura, Bruno Dallacqua, informou que todas as medidas cabíveis já foram tomadas para apoiar as autoridades e tentar recuperar o material furtado.
Em entrevista não gravada, a GCM reconheceu falhas na segurança do espaço e afirmou que o patrulhamento foi redobrado. A fragilidade estrutural e a divulgação de que o museu possuía armas em exposição podem, segundo especialistas, tornar o local alvo recorrente de criminosos. Em outras cidades do estado, museus já optaram por desativar ou reforçar setores semelhantes.

O que resta saber?
Apesar dos avanços na investigação, muitas perguntas seguem sem resposta:
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Quem é o homem que aparece nas imagens? A polícia deve confirmar sua identidade e se ele agiu sozinho ou com apoio externo.
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Ele ainda está em São Manuel? A movimentação recente nas câmeras vizinhas pode indicar sua rota de fuga.
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Para onde foram as armas? Mesmo sem valor comercial, há interesse de colecionadores clandestinos, o que pode dificultar a recuperação.
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É seguro manter uma sala de armas em um museu sem vigilância reforçada? O episódio expõe a necessidade urgente de rever protocolos de segurança, instalar câmeras internas e considerar a retirada de peças de maior risco.