O ex-diretor de Cultura de São Manuel se manifestou nas redes sociais nesta semana, após declarar apoio a uma petição contra a proposta da Prefeitura Municipal de realocar os trailers para a Alameda das Palmeiras, no centro do Jardim Público. O posicionamento veio em meio a manifestações de munícipes que defendem a história, a arquitetura e a memória afetiva da cidade.

Em seu comentário, o ex-diretor abordou pontos polêmicos da gestão anterior, como a retirada dos tradicionais bancos de granilite rosa, os problemas nas reformas de praças, do museu e do calçamento do Santuário de Santa Terezinha.
Sobre os bancos do Jardim Público, afirmou:
"Os bancos tradicionais, de granilite rosa, anatômicos, super resistentes, não foram destruídos. Dos 43 existentes, seis ou sete guardei na garagem da Cultura; tem mais um na Praça Tonico e Tinoco e outro na CECAP. Avisei o Odirlei e ele vai repô-los no lugar merecido."

Entretanto, não explicou por que não se posicionou na época da retirada, já que ocupava o cargo de diretor de Cultura no governo do ex-prefeito Ricardo Salaro. A TV São Manuel Conectado apurou, por meio de fotos de várias praças, que as estruturas estavam sendo "revitalizadas" sem que houvesse qualquer esclarecimento sobre o destino de diversos bancos retirados.
Sobre os banheiros do Jardim Público, que permaneceram fechados por quase três anos, o ex-diretor declarou:

"Os banheiros, pessoalmente, achei uma bobagem deixá-los fechados", justificando, no entanto, que "logo na primeira semana de inaugurados quebraram a porta e outras peças."
A respeito da reforma do Museu Histórico, rebateu as críticas sobre possível uso eleitoreiro:
"Quanto a afirmar que o Museu foi feito de forma eleitoreira e que foi maquiado, eu pessoalmente não admito, pois estive diariamente acompanhando as obras", acrescentando que "exigimos da construtora refazer o que achávamos mal feito, inclusive multando-a pesado."
Apesar disso, não mencionou os problemas de infiltrações e goteiras que surgiram após a entrega da obra, próxima da época eleitoral.

Sobre o calçamento do Santuário de Santa Terezinha, que apresentou defeitos com menos de um ano de uso, limitou-se a dizer:
"Toda obra tem um seguro e a construtora tem que refazer e garantir, algo que a Prefeitura deve ter exigido."

Acrescentou ainda:
"Quanto ao tipo de piso colocado, pessoalmente discordei, apesar de não ser minha área de atuação."
Por fim, o ex-diretor lamentou o tom das críticas e concluiu com um desabafo:
"Desculpe o desabafo, mas temos, sim, que preservar o passado para que tenhamos um futuro no qual nossos filhos e netos criem um pertencimento à nossa casa, ou seja, São Manuel."
O ex-diretor negou que a articulação em defesa do Jardim tenha viés político.