O caso, cheio de reviravoltas e mistérios, tem mobilizado a Polícia Civil e a Delegacia Seccional de Botucatu em intensas investigações.
Raiane foi vista pela última vez às 23h30 do dia 28 de novembro. O desaparecimento foi registrado pelas autoridades quatro dias depois, iniciando uma série de diligências. A irmã de Raiane, Raíssa, em entrevista ao Canal Marcond Marques, revelou que testemunhas teriam visto a jovem em um carro, acompanhado de um homem. Esse relato levou à realização de uma operação policial em São Manuel, onde foi identificado o principal suspeito do caso.
Diligências e Veículo Suspeito
De acordo com relatos, Raiane teria sido vista no veículo do suspeito em três ocasiões após o desaparecimento. O carro foi localizado em uma oficina de funilaria em São Manuel, onde foi periciado com luminol. O teste revelou indícios de substâncias no painel e no tapete do lado do passageiro, levantando a suspeita de vestígios de sangue. O dono do veículo alegou que o carro estava na oficina para consertar um para-choque, supostamente danificado após atropelar uma lebre. Contudo, os investigadores descartaram essa hipótese devido à gravidade dos danos visíveis.
Na delegacia, o proprietário do veículo deu explicações contraditórias. Ele inicialmente justificou que o luminol reagiu devido ao sangue de carne para churrasco que teria vazado no tapete do carro. Posteriormente, admitiu que mandou lavar o veículo dias após o desaparecimento de Raiane, apresentando motivos variados, como sujeira do trabalho e resíduos de sangue da carne.
Busca e Apreensão
Durante a investigação, agentes apreenderam ferramentas do suspeito, incluindo uma machadinha e um facão, que ele afirmou serem usados para trabalho e retirados do carro antes de lavá-lo. As ferramentas, junto com os vestígios do veículo, foram encaminhadas para análise no Instituto de Criminalística em São Paulo.
Outro ponto que chamou a atenção dos policiais foi o fato de o suspeito, que costumava abastecer R$ 20 no veículo, ter abastecido R$ 50 no dia próximo ao desaparecimento, sugerindo um deslocamento maior do que o habitual. Em novo interrogatório, ele alterou sua versão inicial, alegando que os danos no para-choque ocorreram em uma batida em sua residência e não em um atropelamento. Para reforçar essa versão, apresentou marcas na parede de sua casa, mas especialistas questionaram a condução da busca e apreensão, apontando possíveis falhas na coleta de provas.
O Drama da Família
Dona Rute, mãe de Raiane, desabafou sobre o impacto do desaparecimento da filha na família. Ela revelou que o filho de Raiane, de apenas 6 anos, está com depressão e pergunta constantemente pela mãe. Além disso, Dona Rute enfrenta problemas de saúde e tem dependido de calmantes para lidar com a situação. Apesar da dor, ela mantém a esperança de que Raiane ainda esteja viva, sustentada por sua fé.